...E como chocólatra de primeira qualidade, resolvi fuxicar sobre a origem do nosso D-E-L-I-C-I-O-S-O chocolate. O resultado foi uma viagem no tempo que me deixou com uma baita vontade de comer um!!! Delicie-se.
A origem do chocolate remonta a 1.500 A.C., segundo registram estudos que demonstram que a civilização Olmeca foi a primeira a aproveitar o fruto do cacaueiro.Eles habitavam as terras baixas do Golfo do México. Evidências arqueológicas comprovam que pouco depois os Maias, Toltecas, a Aztecas também já utilizavam o cacau, a consideravam-no o alimento dos Deuses. Nesta época o cacau era usado como uma bebida, geralmente acrescida de algum condimento. Era ingerida pelos sacerdotes em rituais religiosos. Houve tempo também, na mesma época, em que as sementes de cacau, de tão valorizadas, viraram moeda corrente. Eram usadas como meio de troca a referencial de valor.
Históricamente, foi Cristóvão Colombo quem descobriu o cacau para a Europa, quando de sua quarta viagem ao Novo Mundo, por volta de 1502. Teria levado sementes de cacau para o rei Fernando II, sementes estas que passaram quase despercebidas no meio de todas as outras riquezas que trouxe. Em 1519, Hernando Cortez descobriu o cacau durante suas conquistas no México, mas os espanhóis não prezavam muito a bebida, achando-a fria, gordurosa e amarga.
Foi somente em 1755 que o cacau apareceu nos Estados Unidos.
Em 1795 os ingleses começaram a usar uma máquina a vapor para esmagar os grãos de cacau, a este invento deu início à fabricação de chocolate em maior escala.
Mas a verdadeira revolução do chocolate aconteceu cerca de 30 anos depois, quando os holandeses desenvolveram uma prensa hidráulica que pela primeira vez permitia a extração, de um lado, da manteiga de cacau, a do outro a torta, ou massa, de cacau. Esta última era pulverizada para se transformar em pó de cacau, que quando acrescido de sais alcalinos se tornava facilmente dissolúvel em água. Daí ao desenvolvimento de bebidas achocolatadas foi um passo rápido, a em seqüência a mistura com manteiga de cacau fez aparecer os primeiros tabletes de chocolate mais ou menos como os conhecemos hoje.
Em pouco tempo a Espanha, que tinha praticamente o monopólio do cacau, perdeu sua hegemonia para a Inglaterra, França, Holanda, etc.
Quando chegam as fábricas processadoras de cacau, as amêndoas passam por um rigoroso controle de qualidade. A operação de limpeza começa com a eliminação de impurezas ( 1.0 a 1.5% do peso total ), tais como fiapos das sacas, pedaços de galho, pedrinhas, areia, etc. Isto é feito mecanicamente através de um sistema de escovas e peneiras. Limpas, as sementes são encaminhadas para a torrefação, cujo objetivo principal e o desenvolvimento do aroma. Também facilita a descascagem. Este processo é totalmente automatizado a no fim dele as amêndoas passam por um resfriamento rápido para evitar a queima interna das sementes. No próximo estágio as amêndoas passam pela descascagem, onde as cascas são retiradas a eliminadas e sobra, finalmente, o NIB, ou seja, o cerne da semente limpo. Em seqüência os nibs são moídos quando passam por rolos de diversos tamanhos até se obter uma massa de partículas finas ( 20 a 30 microns ) chamada de pasta, massa, ou licor de cacau. Essa massa pode ter dois destinos diferentes: a fabricação de chocolate em pó ou a produção de chocolate. No caso do chocolate em pó, a massa passa por uma prensagem hidráulica ( 350 a 530 bars ), que resulta, de um lado a manteiga de cacau, e de outro uma torta de cacau. A manteiga de cacau, considerada o subproduto mais nobre ( e caro ) da prensagem, tem uma tonalidade amarelo/clara, a possui um odor comparável ao chocolate, com a vantagem de não se tornar rançoso a ter boas características de conservação. Tem também a qualidade organoléptica de passar do estado líquido ao estado sólido sem alterações na sua natureza física. Liqüidifica-se a cerca de 37 graus centígrados. A torta passa por mais um processo de moagem para se obter um pó fino de variadas granulações. Este pó pode ser alcalinizado para torná-lo mais solúvel. Na fabricação do chocolate é usada a massa de cacau, açúcar, manteiga de cacau, e, possivelmente, leite. Todo fabricante tem, para cada um de seus produtos, uma formulação própria, onde a proporção dos ingredientes varia conforme o produto final. A fabricação de chocolate é composta de cinco etapas básicas: malaxação, refino, conching, tempera, a modelagem.
Na malaxação a massa de cacau a misturada com as outras matérias primas em uma masseira. A mistura a malaxada até obter-se uma massa homogênea.
No refino essa massa passa por moedores que reduzem as partículas da mesma a 15/ 20 microns.
Depois vem o conching, uma operação crucial pois da ao chocolate toda sua firmeza a suntuosidade. E uma operação demorada : pode durar de 12 horas até 5 dias.
Na próxima fase, a tempera, o chocolate é temperado para passar do estado líquido para o estado sólido, através de um processo de cristalização.
A última etapa e a modelagem, onde o chocolate a moldado a passa por um túnel de refrigeração ( 10/12 graus centígrados ). Na saída do túnel o chocolate é desmoldado.
Todo este processo a altamente delicado - qualquer descuido, principalmente na fase de conching a tempera pode ocasionar a perda de um lote. Nos últimos 50 anos a produção mundial de amêndoas de cacau passou de aproximadamente 800.000 toneladas métricas por ano para 3.000.000 de toneladas métricas por ano.
Atualmente a maior parte da produção provem do Oeste da África, onde quatro países ( Costa do Marfim, Gana, Camarões a Nigéria ) produzem 65 % do cacau no mundo. Destacam-se também a Indonésia e a Malásia.
O Brasil, que já foi o maior produtor do mundo ( 40% ), hoje produz apenas 4% do total. Hoje oito países respondem por 91 % da produção mundial de amêndoas.
Os maiores importadores de cacau são os Estados Unidos, Holanda, Alemanha, Inglaterra e França. Respondem juntos por mais de 60% das importações mundiais.
Em termos de consumo per capita destacam-se os países da CEE a os Estados Unidos.
Os preços do cacau vem sofrendo sucessivas perdas anuais, em função principalmente de seguidas safras recordes, especialmente na África. Há, hoje, um relativo equilíbrio entre demanda a oferta de cacau, a uma recuperação de preços, salvo desastres climáticos, parece improvável no curto/médio prazo. O consumo de chocolate cresce de forma vegetativa, a os ganhos de produtividade obtidos nas lavouras contribuem para a existência de significativos estoques físicos a safras normais em praticamente todos os países produtores.
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