domingo, 19 de abril de 2009

E viva o índio!


HOMENAGEM COTIDIANA
Museus da cidade valorizam a cultura indígena durante todo o ano, promovendo visitas guiadas. 
Embora os índios tenham descoberto o Brasil bem antes dos portugueses, os nativos só ganharam uma data comemorativa por aqui - 19 de abril - em 1943, por meio de um decreto assinado pelo presidente Getúlio Vargas. Três anos antes, o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, no México, já havia destacado a importância de uma mobilização mundial sobre o assunto.
Em Juiz de Fora, o Museu de Etnologia Indígena e História Natural do CES/Academia e o Museu de Arqueologia e Etnologia Americana da UFJF valorizam o índio durante todo o ano.
"Nosso objetivo não é apenas mostrar as peças do nosso acervo. Nós discutimos a relevância da história desses homens e todas as temáticas que a envolvem ", afirma Bruno Larcher, coordenador dos museus CES/Academia.
Ainda segundo Bruno, as visitas guiadas promovidas pela instituição procuram revelar aos alunos, principalmente, a lógica das diferenças culturais. Aliás, na sua opinião, os índios vêm conseguindo manter suas tradições e conciliá-las com algumas conquistas, como a posse da terra. O museu possui quatro mil peças, sendo que 500 estão expostas, por categoria, em um salão climatizado de 500 metros quadrados, e o restante permanece da reserva técnica para atender a pesquisadores e possibilitar a renovação da mostra. "Temos materiais de algumas dezenas de tribos, conseguidos em uma trajetória de décadas", ressalta Bruno.
Armas, cerâmicas, trançados, vestuários, adornos corporais são analisados por monitores que fazem a ligação entre o objeto, sua significação e o espectador.
Escolas e outras organizações podem agendar visitas gratuitas.
O mesmo acontece no Museu de Arqueologia e Etnologia Americana da UFJF, que possui cerca de 800 intens. Réplicas de manifestações pré-colombianas e de crânios ficam expostas em um espaço do Museu de Arte Murilo Mendes (Mamm), além de artefatos da cultura Maxakali - índios do Vale do Mucuri, em Minas Gerais, que surpreendem por preservar língua, religião e costumes. "Na verdade, é uma reserva técnica em que o acervo é organizado de modo a receber o público", explica a pesquisadora Luciane Monteiro Oliveira. A instituição também possui um laboratório, no Campus da UFJF, para onde vão os materiais arqueológicos.
**********MUSEU DE ETNOLOGIA INDÍGENA E HISTÓRIA NATURAL DO CES/ACADEMIA. DE SEGUNDA A SEXTA, DAS 7H ÀS 12H E DAS 13H ÀS 18H.
(032) 2102-7761
**********MUSEU DE ARQUEOLOGIA E ETNOLOGIA AMERICANA. VISITAS DEVEM SER A AGENDADAS PELO TELEFONE (032) 3229-3765
Copyright:
Jornal Tribuna de Minas DOMINGO 19 de abril de 2009. Reportagem de Raphaela Ramos.

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