terça-feira, 14 de junho de 2011

Confissões via twitter...

Quase nunca exponho situações pessoais em rede. Não curto invasão de privacidade, nem intervenções externas, muito menos por estranhos. Sou extremamente extrovertida, mas tenho os meus limites, as minhas reservas!
Hoje, ao contrário da normalidade, acabei abrindo parte da minha vida "ao mundo", quando twittei para o @g1bemestar declarando que:
Eu tenho Síndrome do Pânico (o assunto abordado hoje).
Somente pessoas beeem chegadas sabem porque infelismente existe preconceito em relação ao transtorno. 
E as pessoas que não são chegadas e acabam sabendo, não compreendem (não querem). Pura e simplismente por falta de informação. Muito mais fácil julgar o assunto como desculpa pra ficar em casa, pra não fazer nada (como se em casa não existisse trabalho; não existe é remuneração, né meu bem...), PESSIMISMO (esse é osso duro de roer, "Procura pensar positivo que isso passa!"), malandragem, loucura, FRESCURA (...).
Poderia fazer uma lista dos absurdos ditos sem palavras (olhares dizem tudo sim) e absolutamente explícitos em frases sem o menor amor. Mas não vem ao caso criticar. Esse não foi, nem é o meu objetivo. Nem do meu feitio. 
A intenção real desse post, é comunicar que "ser diferente é normal". 
O que mais me revolta mesmo é o fato de "não poder" ser eu mesma! Isso é uma síndrome, mas a pessoa existe! A que gosta de maquiagem, a que gosta de cinema, dos amigos, da vida, do futebol, do carro importado, da biribinha, da praia, do dinheiro, da família... de coisas boas! 
Se te vêem na rua e se estiver com maquiagem então: um desastre! Aos quatro cantos espalham que te viram linda sorridente e saudável com seu Ray Ban gastando o dinheiro da Previdência e enganando a empresa, os parentes, o governo e a si mesma. Não se é infeliz, anormal ou derrotado porque tem o diagnóstico...
Pra se ter um problema as pessoas precisam te ver derrotada! Com cara "de ontem", dando pitis, arrastando uma bolsa de soro, acamada, "negra" (carregada de energias obscuras), entregue e cheia de remédios!
Como eu, várias pessoas são tratadas como "xexelentas" mesmo em redes de saúde. A falta da informação é generalizada e não escolhe grau de instrução. Uma pena!
No trabalho, já tenho mais tempo de afastamento que de tempo de serviço (tinha acabado de assinar um excelente contrato) e tenho plena consciência que não serei aceita de volta. Paciência...
Só se pode afirmar coisas, quando se passa por ela. Ou quando, no mínimo, se propõe a compreender o outro. Coisa pra poucos.
Síndrome do pânico não é isso.  Não sou especialista, apesar de procurar entender as causas da crise, os efeitos, as soluções e de ter um médico dentro de casa (o marido -sim,além de parceiro, amigo da época de solteira, confidente, ele tb é o meu médico particular! rs). Pesquiso, me informo, me instruo, para a minha própria cura e meu próprio conhecimento.
Não estou aqui pra explicar nada a ninguém. INFORME-SE!
Existem problemas sérios por aí, não somente doenças, enfermidades do corpo, da mente. Existem outros tantos problemas como desvio de caráter, comentários maliciosos, pré julgamentos, prepotência.... etc etc etc 
Isso tudo não tem tratamento e nem cura! A não ser que o(a) sujeito em questão se proponha a fechar os olhos, elevar o pensamento e procurar realmente não estar humano, mas sim SER humano.



* Esse foi um desabafo. E uma nota de esclarecimento em respeito aos meus leitores e seguidores, que se preocupam e procuram sempre saber um pouco mais sobre mim.

6 comentários:

  1. Oi Marcele!! sei exatamente o que vc está falando!! não tenho esta síndrome mas dou aulas para pessoas que tem estas e outras .
    vejo o quão difícil é para essas pessoas , entrarem na sala para ter uma aula de artesanato e acho que quem consegue é um vitorioso!!
    é muita ignorância achar que é frescura , um assunto tão sério né?
    mas tem uns ogros que acham , como existe o preconceito com o negro, gordo,homossexual . Quem sabe quando a população tiver educação , o respeito se torne uma coisa normal não é mesmo?
    torço por vc !!
    bjão

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  2. Verdade Sílvia! O que falta é as pessoas deixarem de olhar pro próprio umbigo e enxergar "o sol lá fora"!
    Um beijo, querida!
    Obrigada pelo carinho! =)

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  3. Oi Prê

    Pois é, a síndrome é cruel e mais que ela são as pessoas que julgam sem conhecer. A cura, não sei se existe. Mas sei, por experiência,que se conquista a convivência tranquila com esse mal silencioso, camuflado.
    É um processo totalmente personalizado mas você está no caminho. Coragem.
    Te amo.
    Sua irmã mais velha e chata, muitas vezes.

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  4. Chata muuuuuuitas vezes! hehehe Mas amada, eu já aprendi que as suas "chatices" são coisa de irmã, de amor, de elo espiritual e de compatibilidade genética. Coisa de sangue!
    Cura não tem, a gente aprende a lidar! E sim, eu tô no caminho... Estamos! Bjo, bjo te amo.

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  5. A minha mãe teve síndrome do pânico... de fato não é moleza não... tanto a doença, quanto os ataques externos, requerem uma paciência e dribles dignos de Hércules... força querida!

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  6. Drible! Palavra certa, Van! Se a gente não fizer esse tipo de jogada, impossível ter uma vida normal. Minhas crises físicas são péssimas (tonturas, sensação de morte eminente, tremor, dor na nuca, pressão na cabça... Vixe! "N" coisas), mas graças a Deus já estão mais escassas com o tratamento. As psicológicas vão mais por conta de ambientes mega cheios, ou barulhentos, ou tumultuados (me sinto péssimamente incomodada e tenho de sair de imediato: e pressão-do ato de ser pressionada por algo ou alguém- meu trabalho por exemplo, exigia muuuita responsabilidade, atenção, paciência, ritmos puxados de horário, noites mal dormidas, acúmulo de pendências externas, pensamento rápido, dinamismo... Com a síndrome, não dei conta!
    O chato é que além de ser genético, não tem cura, então se vc não souber conviver vira escravo mesmo. Só lamento qdo tenho uma crise (mesmo muito agradecida a Deus pelo espaço gigante entre elas). Aí pode contar que o meu dia vai ser "perdido". Fico prostrada e indisposta o dia todo, poucas coisas rendem. Aí é abstrair e esperar passar!
    Imagino a sua luta com ela no período. Os familiares sentem pq não há mto o que fazer...

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